Para refletir:
Italo Calvino: “O modelo dos modelos” – na perspectiva do AEE
Após
as leituras realizadas ficou evidenciado que a pessoa com deficiência como
qualquer outra pessoa necessita ser estimulada sendo que cada aluno que surge
precisamos de um modelo diferente para trabalhar com ele, pois cada um
apresenta condições diferentes requer formas diferenciadas de atendimento. Seja
qual for sua deficiência precisamos buscar meios de descobrir suas habilidades,
procurando saber em que podemos contribuir para desenvolvê-las o máximo,
visando superar as dificuldades e limitações. Muitas vezes antes de conhecer o
outro apontamos uma característica negativa de uma pessoa com deficiência, em
vez de enxergar na pessoa uma oportunidade uma habilidade.
A escola
inclusiva é aquela que os alunos constroem o conhecimento segundo sua
capacidade e tem o direito de expressar suas idéias. Os alunos não são
selecionados como especiais ou comuns todos se igualam pelas suas diferenças.
Portanto, para que TODOS tenham direito de participar do processo escolar não é
possível trabalhar com modelos padronizados.
Temos
que cooperar com o fortalecimento das ações sociais voltadas para as pessoas
com deficiência no âmbito escolar proporcionando condições para uma educação de
qualidade para todos.
Entender
os conceitos de inclusão, o rumo da educação especial frente aos paradigmas da
educação inclusiva inovou ao criar o Atendimento Educacional Especializado que
promove o desenvolvimento de habilidades extracurriculares nos ensino, poderá
provocar mudanças que se espera no ensino comum, com auxilio da sala de
recursos multifuncionais poderá de certa forma, atender as exigências de uma
educação para todos.
O
atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e
organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras
para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional
especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não
sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou
suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na
escola e fora dela.
A organização do Atendimento Educacional Especializado
considera as peculiaridades de cada aluno. Alunos com a mesma deficiência podem
necessitar de atendimentos diferenciados. Por isso, o primeiro passa para se
planejar o Atendimento não é saber as causas, diagnósticos, prognóstico da
suposta deficiência do aluno. Antes da deficiência, vem a pessoa, o aluno, com
sua história de vida, sua individualidade, seus desejos e diferenças.
O Atendimento
Educacional Especializado é elaborado a partir do estudo de caso de cada aluno,
sendo que o primeiro contato com a família, para conhecer sua historia de vida,
de escolarização e elaborar o plano de trabalho a ser desenvolvido.
Podemos
dizer então que as pessoas com deficiência ganharam espaço, na sociedade
quebrando paradigmas conceituais que por ventura os impediam de ter acesso ao
âmbito escolar participando ativamente da sociedade cumprindo com seu dever
como cidadão ativo e participativo na sociedade.
Não
existe um modelo ideal, somos pessoas diferentes cada um com suas
particularidades e características, onde almejamos realizações de nossas ações
e nossos sonhos.
Por
último a humanidade precisa aprender a ver e valorizar o lado bom do próximo,
suas qualidades e virtudes, pois essas superam os defeitos e fornece a condição
de viver em harmonia com todos.
Referências Bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP,
2001.
- EDILENE APARECIDA ROPOLI [et.al.], A Educação
Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva.
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, v1, 2010.
- ITALO
CALVINO, O modelo dos modelos, UFC, 2014.